quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Recordando: O Feitiço de Áquila


No último post do ano, recordo um dos melhores filmes de ficção fantástica dos anos 80: O Feitiço de Áquila (LadyHawke), produção de 1985, dirigido por Richard Donner. Fantasia, romance e aventura em um cenário medieval, o filme conta a história do casal Isabeau d'Anjou e Etienne Navarre que tem o seu amor ameaçado por uma maldição lançada pelo Bispo de Áquila. "Sempre juntos, eternamente separados", a frase que é citada no filme resume bem a questão. De dia, Etienne é um ser humano, enquanto Isabeau transforma-se em um falcão, dai o título em inglês do filme: LadyHawke. Enquanto que a noite, Isabeau se transforma em uma mulher novamente e Etienne se transforma em um lobo.

O casal é interpretado por Rutger Hauer e Michelle Pfeiffer. Encabeçando o elenco temos também Mathew Broderick que interpreta o ladrão Phillipe Gaston, o Rato, o único a escapar das masmorras de Áquila.

Matthew Broderick no ano seguinte estrelaria o divertidíssimo Curtindo a Vida Adoidado (1986), um dos filmes mais icônicos dos anos 80.

Quanto aos efeitos especiais, as cenas de transformação de Etienne e Isabeau são bem simples. Um close no rosto da atriz, nos olhos dela, depois aparecem os olhos do animal. A transformação de Etienne em lobo aparece menos, somente em uma cena vemos a sua metamorfose.

Vale a pena rever O Feitiço de Áquila, principalmente pela ótima atuação de Mathew Broderick. Destaca-se também no filme, John Wood como o Bispo de Áquila. Então, aqui fica a dica de uma ótima aventura fantástica para quem, assim como eu, adora este gênero de filme.





sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

The Night They Saved Christmas - um filme para recordar neste Natal

Um filme sobre o Natal que sempre vem a minha mente é The Night They Saved Christmas, produção de 1984. Sempre assistia este filme na Sessão da Tarde e adorava! É uma saudosa lembrança de infância. Com o título em português, Papai Noel Existe, o filme traz como protagonista Jaclyn Smith, do seriado As Panteras, sucesso nos anos 70 e 80.

Faz muitos anos que não revejo este filme, mas só de olhar algumas cenas no You Tube, deu para lembrar do que sempre mais me emocionava nele. O que eu mais gostava era a questão da descoberta da protagonista da existência, da veracidade do Papai Noel. A figura então mítica do Papai Noel, algo inimaginável para qualquer adulto estava ali, em carne e osso para ela. Lembro-me de achar maravilhoso este momento em que ela recorda a sua própria infância e aceita que o senhor de barba branca é mesmo o Papai Noel. É como se aquilo fosse possível também para mim, naquele momento, naqueles meus tempos de infância.

Um filme maravilhoso que traz uma certa magia e encantamento, ótimo para recordar e assistir com os filhos, sobrinhos, netos.

Para saber mais sobre o filme: http://www.imdb.com/title/tt0087797/

Então, um ótimo e abençoado Natal para todos! Que a luz de Cristo esteja presente em cada lar, em cada coração!!



 

domingo, 27 de novembro de 2011

Dicas de Filmes - Computação gráfica e cinema

Uma breve listagem com alguns filmes essenciais que não podem faltar na prateleira de quem quer compreender mais sobre o entrelaçamento entre computação gráfica e cinema.

1) Tron - o filme de 1982 é um dos marcos da CG no cinema, pois foi o primeiro filme a utilizar em grande escala técnicas de computação gráfica na produção de um filme.

2) O disco bônus da primeira trilogia de Star Wars - A criação da Industrial Light and Magic, empresa de George Lucas, foi decisiva para a evolução da computação gráfica no cinema. Muitos avanços que vemos hoje em dia na área de efeitos visuais nasceu nos computadores da ILM. Este Dvd mostra a trajetória desta empresa, no especial A Força está com eles. O Legado de Star Wars.

3) O Enigma da Pirâmide - neste filme é apresentado o primeiro personagem digital da história do cinema em um filme live-action;

4) Willow-Na Terra da Magia - este filme mostra o primeiro efeito morphing da história do cinema;

5) O Segredo do Abismo
- o pseudópode de água, criado digitalmente, é o primeiro personagem digital que interage de forma convincente com atores;

6) O Exterminador do Futuro II - o próximo passo da CG no cinema foi dado neste filme, com a criação do personagem digital T-1000;

7) Jurassic Park - Os primeiros seres vivos realistas feitos em computação gráfica, no caso, os dinossauros, foram criados para este filme;

8) Forrest Gump - aqui temos a questão dos chamados efeitos invisíveis, ou seja, há vários efeitos realizados para o filme que não percebemos que foram feitos em CG. Bons exemplos são as cenas da pena voando, a cena em que Forrest Gump participa de um jogo de futebol americano e também a sequencia em que ele aparece falando diante de uma multidão em frente ao Lincoln Memorial em Washington D.C.

domingo, 13 de novembro de 2011

Dica de Leitura da Semana

A dica de leitura vai para o livro: "Les effets spéciaux", de Réjane Hamus-Vallée, outro livro que utilizei para a minha dissertação de mestrado sobre computação gráfica e cinema. Como é colocado na própria capa: "do truque ao efeito especial", de Méliès à Lucas, este livro trata sobre a história dos efeitos especiais, desde os truques realizados por George Méliès, considerado o "pai dos efeitos especiais" até o advento do computador, com os efeitos visuais de Westworld (1973), Tron (1982) e os filmes da Industrial Light and Magic, empresa de George Lucas.

O livro de Hamus-Vallée aborda as técnicas dos efeitos especiais como maquetes, matte painting, maquiagem, animatroniques, stop-motion e os efeitos numéricos.

Editado pela Cahiers du Cinéma, fazendo parte da série "les petits Cahiers", é um ótimo livro para quem se interessa pela história dos efeitos especiais no cinema.

Saiba mais sobre o livro: http://www.cahiersducinema.com/Les-effets-speciaux.html


sábado, 15 de outubro de 2011

As artes nas aberturas e créditos dos filmes

Algumas aberturas e créditos se tornam, por vezes, uma atração à parte nos filmes. A abertura de Homem-Aranha 2 (2004) é um ótimo exemplo. Uma das coisas mais interessantes neste caso é que as ilustrações constroem um resumo do primeiro filme, nos ajudando, portanto, a relembrar os fatos mais importantes em Homem-Aranha (2002), primeiro filme da trilogia.





quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mestres da animação

Não tem como falarmos em animação realizada em computação gráfica sem fazermos uma total reverência à animadores das técnicas tradicionais de animação. Abaixo um pequeno vídeo mostrando artistas do Estúdio Disney produzindo os desenhos para o filme "A Bela Adormecida". Maravilhoso e inspirador!

domingo, 21 de agosto de 2011

Comentário - Capitão América - O Primeiro Vingador

Capitão América -  O Primeiro Vingador é uma adaptação de um dos maiores clássicos dos quadrinhos, Capitão América, criado em 1941 por Jack Kirby e Joe Simon pela Editora Marvel.

Dirigido por Joe Johnston e tendo Chris Evans (Quarteto Fantástico) interpretando o herói, o filme conta também no elenco com os talentosíssimos atores Tommy Lee Jones (MIB - Homens de Preto, Onde os Fracos não Têm Vez) e Hugo Weaving (Trilogia O Senhor dos Anéis, Matrix, V de Vingança).


O grande destaque da utilização da computação gráfica no filme fica por conta do personagem Steve Rogers no início do filme. Rogers é a identidade secreta do Capitão América. Em plena Segunda Guerra Mundial, ele deseja entrar para as Forças Armadas, mas de baixa estatura e extremamente franzino, ele é sempre impedido de entrar para o Exército e lutar em defesa do seu País. Porém, após ser observado por um cientista que trabalha para o governo americano, Rogers é convocado e submetido a um teste para se tornar um super soldado.

É incrível ver o alto e musculoso Chris Evans em um corpo magro e de baixa estatura. A utilização da computação gráfica tornou isso possível. É muito interessante ver estes efeitos em computação gráfica que transformam o corpo humano. Vemos, claro, que ali há um efeito, mas a primeira sensação que eu tenho ainda é sempre de um certo espanto e estranheza.



Para saber sobre os efeitos realizados em Capitão América - O Primeiro Vingador indico as páginas da Animation World Network (AWN): http://www.awn.com/articles/3d/captain-america-poor-mans-process e da CGSociety: http://www.cgsociety.org/index.php/CGSFeatures/CGSFeatureSpecial/captain_america.

Chamo a atenção também no filme para o belíssimo design dos créditos em que podemos ver vários posteres da época da Segunda Guerra Mundial.






domingo, 7 de agosto de 2011

Crítica - Os Smurfs

Hoje fui assistir Os Smurfs. Não estava levando muita fé no filme, mas me surpreendi positivamente com o mesmo. É divertido, leve, como tem que ser um filme infantil, com muita ação que prende até o final e personagens cativantes como no desenho animado.

Pois é, como no desenho animado...Senti, claro, uma saudade daqueles anos em que assistia pelas manhãs, antes de ir para a escola, um dos meus desenhos favoritos. Lá se vão mais de trinta anos. Sou da geração que era criança nos anos 80, anos que tínhamos desenhos animados fantásticos como Os Smurfs. Hoje, com os meus trinta e poucos anos, quando vejo que o cinema irá refilmar ou criar um filme em cima de um desenho da minha infância, dá sempre um frio na barriga, pois, eu sempre fico pensando no que irá encontrar no cinema, afinal, são personagens que fizeram parte da minha infância, do meu universo de criança.




Então, fico feliz quando vejo que uma adaptação deu certo. Não senti nenhuma falta da ambientação na floresta. Acho que trazer os Smurfs para Nova York, foi um acerto. Isso deu liberdade para fazer um contraste do mundo mítico dos Smurfs e do mago Gargamel com coisas próprias da nossa época atual.

Acho interessante quando vou ao cinema, ver um filme infantil, ficar observando a reação das crianças, afinal o público alvo principal são elas neste tipo de filme. Notei um garotinho na cadeira da frente falando com os seus pais: "Quero ver uma segunda vez" ou então, as crianças aplaudirem, o que aconteceu também. Acho que essa é a melhor das críticas.





Em relação a utilização da computação gráfica no filme, acho que um dos maiores destaques são os efeitos do Cruel, o gato do Gargamel. É sempre interessante, apesar deste efeito já ter sido utilizado em muitos filmes, ver um animal falando e se movimentando como em um desenho animado. A mágica de um efeito visual é exatamente essa, fazer com que acreditemos naquele universo que só víamos em um desenho animado, por exemplo. E a tecnologia informática tem essa particularidade, a de fazer com que acreditemos que todo um imaginário do impossível possa ser criado com verossimilhança. Foi muito bom ver também a floresta dos Smurfs com volume, as casas de cogumelo e as próprias criaturinhas azuis saindo do traço em 2D para o 3D possibilitado pela computação gráfica.

Os Smurfs é uma criação do artista Pierre Culliford, mais conhecido como Peyo. Saiba mais sobre a criação do artista no site dedicado a obra: http://www.smurf.com

Então, realmente eu adoraria ver os Smurfs em outra aventura, dando destaque a outros Smurfs que apareceram pouco neste filme. Fica a torcida então, para que haja uma continuação.

domingo, 31 de julho de 2011

Exposição sobre o filme "Rio" no Museu Nacional de Belas Artes-Rio de Janeiro

Está em exibição no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, a exposição Rio: A arte da animação, que mostra todo o processo de produção do filme Rio do diretor Carlos Saldanha. Período: de 08 de julho até 04 de setembro de 2011.



sábado, 30 de julho de 2011

"O Legado de Star Wars" - Industrial Light & Magic

A Industrial Light & Magic (ILM), empresa de George Lucas, fundada em 1975 com o objetivo de realizar os efeitos especiais de Star Wars (1977), se tornou a maior referência quando se trata de efeitos especiais para o cinema nas últimas décadas. A ILM realizou avanços importantes na área de computação gráfica para filmes como Willow - Na Terra da Magia, O Segredo do Abismo, O Exterminador do Futuro 2, Jurassic Park, Forrest Gump, dentre outros. Os videos abaixo chamados de O Legado de Star Wars demonstram bem a importância da empresa para a indústria cinematográfica.



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Crítica: X-Men-Primeira Classe


Fui assistir X-Men-Primeira Classe. E para mim as críticas positivas que já havia lido se confirmaram. Considerava até então, X-Men 2, o melhor filme da série, mas este se tornou um concorrente sério ao título na minha opinião.

São várias as razões para este ser um ótimo filme. Em primeiro lugar, Bryan Singer ter retornado à franquia. Ele conhece a trama, os personagens e fez um maravilhoso trabalho conduzindo X-Men e X-Men 2 e tê-lo como produtor foi um dos maiores acertos desta produção.

As atuações de James McAvoy como Professor Xavier e Michael Fassbender como Magneto são alguns dos grandes destaques do filme. Os dois tem carisma e fizeram um bom trabalho juntos. Chamo a atenção para Michael Fassbender. Já o conhecia desde 300 (2006), quando interpretou Stelios um dos soldados espartanos do Rei Leônidas. E não vejo a hora de vê-lo interpretando Carl Jung no filme A Dangerous Method de David Cronenberg, ao lado do também talentosíssimo Viggo Mortensen, o eterno Aragorn da Trilogia O Senhor dos Anéis (2001-2003). Veja mais no IMDB sobre este filme: http://www.imdb.com/title/tt1571222/


O roteiro de X-Men-Primeira Classe está muito bom. A questão da amizade entre Xavier e Magneto e o que os separa são bem colocados. O motivo do antagonismo dos dois fica bem claro, ou seja, é um antagonismo não do bem versus o mal. Mas sim por terem posicionamentos diferentes sobre a relação com os humanos. Xavier busca a concórdia entre humanos e mutantes. Magneto quer sobrepujá-los, pois não tem confiança no Homem. Portanto é um antagonismo ideológico.

A questão do preconceito que é o grande tema das histórias em quadrinhos dos X-Men é bem demonstrada no filme. A história mostra que, por vezes, os mutantes tem que esconder a sua condição para serem aceitos pela sociedade humana. E é essa a razão que faz, por exemplo, Mística escolher o lado onde quer ficar, pois para ser aceita pela sociedade, ela sempre teve que esconder por muitos anos sua verdadeira aparência.

Foi muito bom ver também a participação de dois atores dos outros filmes, Hugh Jackman (Wolverine) e Rebecca Romijn (Mistica).

Quanto aos efeitos, chamo a atenção para o efeito visual da personagem Emma Frost que tem dentre outros poderes, o de transformar seu corpo em diamante. Todos os outros poderes dos personagens foram muito bem realizados pela equipe de efeitos visuais. Na verdade, eu senti muita verossimilhança em tudo, como se aquele universo e seus personagens com superpoderes pudessem existir realmente. Ou seja, com certeza há muita filmagem com tela azul, mas os efeitos não aparecem mais que o roteiro e sim ajudam a contar a história. Palmas para a equipe que conta com um dos maiores realizadores de efeitos visuais de todos os tempos, John Dykstra, ganhador do Oscar por Star Wars (1977) e Homem-Aranha 2 (2004).

sábado, 18 de junho de 2011

Efeitos visuais em "300"

Finalmente voltando a postar depois de um longo tempo!

Durante os meus estudos sobre computação gráfica e cinema, descobri esse vídeo super interessante que mostra alguns efeitos visuais do filme 300, produção de 2006 de Zack Snyder.

Os profissionais de duas empresas de efeitos visuais que trabalharam para o filme, a Screaming Death Monkey e a Pixel Magic Visual Effects falam sobre a criação dos efeitos nas cenas em que trabalharam.

Este vídeo mostra os efeitos visuais da cena do oráculo, que no meu ponto de vista, é uma das mais bonitas do filme.


300 - Making Of por rikofx

Links:
300 no IMDB
Screaming Death Monkey
Pixel Magic Visual Effects

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Westworld e Futureworld


Westworld (1973) foi o primeiro filme comercial a utilizar computação gráfica. O filme de ficção científica mostra um parque de diversões futurísticas que simula três ambientes: Roma Antiga, Idade Média e o faroeste americano. Robôs com aparência humana são fabricados para entreter os visitantes do parque. A computação gráfica foi utilizada para simular o ponto de vista do personagem robô principal interpretado por Yul Brynner, apresentando imagens pixeladas. Confiram no vídeo abaixo:



Em Futureworld, continuação de Westworld, lançado em 1976, pela primeira vez no cinema, temos uma imagem em 3D criada em computação gráfica. Vemos, então, o rosto do ator Peter Fonda em 3D. Confiram a sequência no video abaixo.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Imagens feitas no computador na abertura de "Um corpo que cai"

Já na década de 50, há na abertura do filme "Um corpo que cai" (1958) de Alfred Hitchcock, imagens feitas em computador pelo músico e animador, John Whitney, em parceria com o designer Saul Bass. Whitney foi pioneiro na criação de imagens utilizando a tecnologia informática.