O Segredo do Abismo conta a história de uma equipe de mergulhadores civis que estão em uma missão para resgatar um submarino nuclear que afundou. Durante sua jornada, eles se deparam com criaturas alienígenas aquáticas.
O filme exigiu uma produção monumental na época como a criação do maior aquário de água doce do mundo para as filmagens subaquáticas.
A empresa de efeitos especiais Industrial Light and Magic (ILM) criou para este filme um personagem inteiramente digital, o pseudópode alienígena constituído de água, estabelecendo um importante avanço para a integração entre computação gráfica e filmagem, pois até então, ninguém havia incorporado um personagem feito em computação gráfica a um filme live-action daquela maneira.
A sequencia em que a criatura alienígena surge, mostra a mesma entrando dentro do submarino e no ápice da cena, o pseudópode imita as expressões de Ed Harris e Mary Elizabeth Mastrantonio que interpretam os personagens principais.
Para criar o pseudópode virtual, a equipe de efeitos visuais liderada por Dennis Muren, um dos maiores criadores de efeitos especiais da história do cinema, estudou o movimento das águas, os seus reflexos, ondulações, sua transparência e os recriou em computação gráfica.
A técnica morphing desenvolvida anteriormente para o filme Willow na Terra da Magia (1988), também pela equipe de efeitos visuais da ILM, foi utilizada para conseguir a transição da imagem da criatura para as expressões faciais dos atores.
O pseudópode de água significou um importante avanço para o entrelaçamento entre computação gráfica e cinema. O personagem digital de O Segredo do Abismo representou a passagem para um novo limiar, gerando a confiança necessária para a indústria cinematográfica de que era possível utilizar a tecnologia informática como uma poderosa ferramenta na criação de efeitos visuais para o cinema.
O filme foi o vencedor de 1990 do Oscar de melhores efeitos visuais.
Para saber mais sobre o filme:
O Segredo do Abismo no IMDB
O Segredo do Abismo na ILM
Fonte Bibliográfica:
VAZ, Mark Cotta; DUIGNAN, Patricia Rose. Industrial Light & Magic: into the digital realm. New York: Ballantine Books, 1996.
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