domingo, 29 de janeiro de 2012

A invenção de Hugo Cabret - indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais

Assim que vi o trailer de A invenção de Hugo Cabret, novo filme de Martin Scorsese fiquei encantada com o visual. Baseado no livro de Brian Selznick, o filme conta com diversos efeitos em computação gráfica e pelo trailer podemos notar que estão muito bem realizados. Indicado para 11 Oscars, inclusive Melhores Efeitos Visuais.

Um dos motivos pelos quais estou mais empolgada em ver este filme é pelo fato da história mostrar o pai dos efeitos especiais, Georges Méliès. Quem o interpreta é nada mais, nada menos que Ben Kingsley, conhecido por filmes como Gandhi (1982) e vencedor do Oscar de melhor ator por este mesmo filme em 1983.

A carreira de Georges Méliès como diretor e criador de efeitos visuais está totalmente ligada a sua carreira como ilusionista e diretor do teatro de mágicos Robert-Houdin, no qual foi diretor no período de 1888 à 1914. Méliès foi o primeiro cineasta no mundo a fundar um estúdio cinematográfico, o Star Filmes de Paris que pelo que já vi pelos trailers também é retratado no filme. Além de criador de efeitos especiais, ele era ator, produtor, realizador e distribuidor de seus filmes. Era chamado de o homem-orquestra. 

O cinema deve muito ao pioneirismo de Georges Méliès e quem trabalha com efeitos especiais deve a Méliès, o pioneirismo na criação de trucagens que permitiram levar ao público já nos primórdios do cinema, universos fantásticos como o de seu filme mais emblemático, Viagem à Lua (1902), baseado na obra Da Terra à Lua de Julio Verne. Com 14 minutos de duração, Viagem à Lua foi o primeiro filme do gênero ficção científica da história do cinema. 

Então, para  quem gosta de efeitos visuais e cinema, acho que A invenção de Hugo Cabret será um filme muito especial de se assistir. A tecnologia atual, a computação gráfica ajudando a retratar a obra do pai dos efeitos especiais, George Méliès. 

Todo profissional de efeitos visuais tem mais do que obrigação de conhecer o trabalho deste pioneiro dos efeitos especiais que utilizando suas técnicas de trucagem, levou para as telas o imaginário do impossível e abriu as portas para que o cinema retratasse universos e seres saídos apenas da nossa imaginação.

Portanto, estou na contagem regressiva para que chegue logo aos nossos cinemas!




Georges 
Méliès e Ben Kingsley caracterizado como Méliès








Para saber mais sobre A invenção de Hugo Cabret:


A Invenção de Hugo Cabret no IMDB


Site Oficial do Filme: http://www.hugomovie.com/



Para saber mais sobre Viagem à Lua:


Viagem à Lua no IMDB




domingo, 22 de janeiro de 2012

1990 - Oscar de Melhores Efeitos Visuais - O Segredo do Abismo

Com a proximidade da cerimônia de entrega do Oscar, que será no dia 26 de fevereiro, relembro aqui vencedores do Oscar de Melhores Efeitos Visuais que tiveram como destaque a utilização da computação gráfica. Começo então, com O Segredo do Abismo (The Abyss), filme de James Cameron de 1989, que foi indicado ao Oscar na categoria Efeitos Visuais, no ano seguinte, levando-se em consideração o trabalho realizado com computação gráfica, a promissora técnica que despontava na época também para a indústria do entretenimento.




O Segredo do Abismo conta a história de uma equipe de mergulhadores civis que estão em uma missão para resgatar um submarino nuclear que afundou. Durante sua jornada, eles se deparam com criaturas alienígenas aquáticas.

O filme exigiu uma produção monumental na época como a criação do maior aquário de água doce do mundo para as filmagens subaquáticas.

A empresa de efeitos especiais Industrial Light and Magic (ILM) criou para este filme um personagem inteiramente digital, o pseudópode alienígena constituído de água, estabelecendo um importante avanço para a integração entre computação gráfica e filmagem, pois até então, ninguém havia incorporado um personagem feito em computação gráfica a um filme live-action daquela maneira.

A sequencia em que a criatura alienígena surge, mostra a mesma entrando dentro do submarino e no ápice da cena, o pseudópode imita as expressões de Ed Harris e Mary Elizabeth Mastrantonio que interpretam os personagens principais.



Para criar o pseudópode virtual, a equipe de efeitos visuais liderada por Dennis Muren, um dos maiores criadores de efeitos especiais da história do cinema, estudou o movimento das águas, os seus reflexos, ondulações, sua transparência e os recriou em computação gráfica.

A técnica morphing desenvolvida anteriormente para o filme Willow na Terra da Magia (1988), também pela equipe de efeitos visuais da ILM, foi utilizada para conseguir a transição da imagem da criatura para as expressões faciais dos atores.

O pseudópode de água significou um importante avanço para o entrelaçamento entre computação gráfica e cinema. O personagem digital de O Segredo do Abismo representou a passagem para um novo limiar, gerando a confiança necessária para a indústria cinematográfica de que era possível utilizar a tecnologia informática como uma poderosa ferramenta na criação de efeitos visuais para o cinema.

O filme foi o vencedor de 1990 do Oscar de melhores efeitos visuais.






Para saber mais sobre o filme: 

O Segredo do Abismo no IMDB

O Segredo do Abismo na ILM


Fonte Bibliográfica:

VAZ, Mark Cotta; DUIGNAN, Patricia Rose. Industrial Light & Magic: into the digital realm. New York: Ballantine Books, 1996.



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A origem do termo computação gráfica


O termo “computação gráfica” é creditado ao designer gráfico William Fetter, no início dos anos 60. Seu trabalho na empresa de aviação Boeing Aircraft, era focado na ergonomia, nos estudos referentes à interação homem/cockpits. Com o intuito de aprimorar seu trabalho, Fetter criou no computador a imagem de um ser humano em diferentes posições simulando os movimentos dentro das cabines. Esta imagem ficou conhecida como “Boeing Man” ou “First Man”.









segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mostra “Super-Heróis x Anti-Heróis – Dos Quadrinhos às Telas

Ai vai uma dica fantástica para quem curte quadrinhos e cinema. Acontecerá de 10 a 22/01/12 na Caixa Cultural no Rio de Janeiro a mostra Super-Heróis x Anti-Heróis – Dos Quadrinhos às Telas.


O evento traz uma programação imperdível com o curso Adaptações dos Quadrinhos às Telas ministrado pelo pesquisador Carlos Patati, uma mostra de filmes com títulos como Barbarella, Anti-Herói Americano, Superman - o filme, Sin City - A Cidade do Pecado, Homem de Ferro dentre outros, além dos debates:

Origem e Evolução das Personagens - dia 17/01/2012, às 19h
Convidados: Álvaro de Moya e Heitor Pitombo

Super-Heróis e Anti-Heróis - Missão Através dos Tempos - dia 18/01/2012, às 19h
Convidados: Moacy Cirne e Wellington Srbek

Dos Quadrinhos às Telas - Técnicas e Estética - dia 19/01/2012, às 19h
Convidados: Allan Sieber e Antônio Moreno

Confiram o site do evento: www.dosquadrinhosastelas.com.br


sábado, 7 de janeiro de 2012

Meia-Noite em Paris

Estou escrevendo este post logo após ver Meia-Noite em Paris (2011) e me sentindo ainda maravilhada e extasiada com o que vi.

O filme de Woody Allen é apaixonante do começo ao fim. As belas paisagens de Paris, os cafés, os lugares turísticos. Porém, já comecei a ver o filme me fazendo uma pergunta: "por que não fui ver este filme no cinema?" Há filmes que dão um arrependimento enorme de não termos ido ao cinema vê-lo e estarmos diante de uma tela pequena de televisão ou computador que não faz jus a bela fotografia do filme, como é o caso.

O filme conta a história do escritor Gil Pender (Owen Wilson) que acompanha a sua noiva Inez (Rachel McAdams) e os pais dela em uma viagem a Paris. O encanto pela cidade faz Gil repensar a sua carreira como roteirista de Hollywood e na sua vontade de ser tornar um escritor literário de sucesso. Ele idolatra a Paris dos anos 20, o seu ideal de modo de vida, com sua efervescência cultural onde grandes artistas se encontravam.

Sensível, irresistível. E como é realmente apaixonante aquele passado cultural parisiense, com seus escritores, pintores, músicos, como bem percebe o protagonista. E assim como Gil, dá uma vontade louca de mergulhar nas obras destes grandes artistas e nos inebriarmos com a sua arte e se estivermos em Paris, claro, melhor ainda.