domingo, 26 de dezembro de 2010
Crítica Tron - O Legado
Finalmente assisti a Tron - O Legado. Estava bastante ansiosa para ver este filme. Primeiro porque gosto muito do primeiro, o de 1982 e segundo por causa da minha dissertação de Mestrado que trata sobre computação gráfica e cinema.
Tron, é um dos filmes mais importantes da história da computação gráfica no cinema, pois foi o primeiro filme a utilizar em sequências longas a computação gráfica. A estética de Tron, de 1982 nos aproxima da estética dos video-games daquela época.
O filme de 1982 não fez tanto sucesso. Mas mesmo assim, Tron se tornou uma das maiores referências quando se trata da utilização da tecnologia informática no cinema. A estética de Tron de 1982 nos chamava a atenção para o que viria nos anos seguintes. Tron ajudava a prenunciar uma nova estrada na área de efeitos especiais no cinema.
Hoje, quase 30 anos depois, o que nos diz a sua continuação em termos de efeitos especiais? Uma das coisas que era ficção no primeiro Tron, se tornou, digamos, real. No filme anterior, Jeff Bridges, o ator principal era digitalizado para dentro do computador. E em Tron - O Legado, o ator teve o seu rosto digitalizado para que pudesse ser feita a sua cópia digital rejuvenescida.
Em se tratando da captura das expressões faciais do ator, podemos ver que foi feito um bom trabalho. Claro, notamos ainda que há algo diferente no rosto de Clu, o personagem, quando articula a fala, nos seus olhos, mas a tecnologia informática realmente está avançando a cada nova produção cinematográfica a passos largos em se tratando de personagens digitais e captura de movimentos. Já havia acontecido um ótimo exemplo de captura de expressões faciais em "Homem-Aranha 2" (2004), nas expressões faciais do Dr. Octopus, interpretado por Alfred Molina e é claro em "O Curioso Caso de Benjamin Button" (2008).
Uma coisa que gostei bastante em Tron - O Legado foi uma sensação de retrô, de nostalgia. Na famosa corrida das motos, o rastro de luz que elas deixam nos faz lembrar o primeiro filme. Claro, que hoje os efeitos são muito melhores, mas acho que há um respeito a obra original. Portanto, no meu ponto de vista, quem assistir a Tron - O Legado não vai se decepcionar. Recomendo também a quem puder assistir ao primeiro filme, que o faça, pois é interessante ficar comparando, por exemplo, as motos de 1982 com as de hoje, as naves também, e todos os efeitos de um modo em geral. Ou seja, a importância de Tron - O Legado também está ai. Pois como estamos no meio desta revolução tecnológica digital, por vezes não prestamos atenção em quanto ganho tivemos na área de computação gráfica. E com Tron - O Legado, temos uma perfeita referência do quanto a informática e as técnicas de computação gráfica evoluiram nestes quase 30 anos.
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